







8M - NUNCA MAIS UM BRASIL SEM NÓS MULHERES INDÍGENAS

A Kuñangue Aty Guasu, a maior Assembleia das Mulheres Kaiowá e Guarani/MS disponibiliza aqui o I álbum fotográfico virtual: NUNCA MAIS UM BRASIL SEM NÓS MULHERES INDÍGENAS.
Hoje é um dia simbólico para todas nós que lutamos para existir há 523 anos, desde a invasão de nossos territórios. Esse álbum online conta a nossa história através da fotografia. O material não possui legenda, pois muitos registros foram em momentos difíceis, onde as legendas são de dores, mas também de resistência cotidiana pela sobrevivência no estado de MS, que liderou o índice de feminicídio do país em 2022. E que segue com o projeto da morte contra a segunda maior população indígena do país: o contínuo genocidio, epistemicídio e ecocídio, heranças coloniais que seguem marcando nosso corpo território de diversas formas.
Todo material faz parte dos registros de campo das conselheiras da Kuñangue Aty Guasu e da equipe de comunicação Kaiowá e Guarani, do arquivo extenso da Kuñangue Aty Guasu.
O álbum online NUNCA MAIS UM BRASIL SEM NÓS MULHERES INDÍGENAS, é uma homenagem às Nhandesys, mulheres, meninas, jovens, mães e avós do Povo Kaiowá e Guarani/MS.
Acesse o album online aqui






2023 | Omissão do estado Brasileiro e os assassinatos de vidas Kaiowá e Guarani em Mato Grosso Do Sul
A Kuñangue Aty Guasu, a maior Assembleia das Mulheres Kaiowá e Guarani do estado de Mato Grosso Do Sul, encaminha documento oficial ao presidente Luiz Inácio Lula Da Silva, a Ministra Indígena Sônia Guajajara, a presidenta da FUNAI Joênia Wapichana, a Ministra da mulher Cida Gonçalves, a Ministra de Igualdade Racial Anielle Franco e ao Ministro de Direitos Humanos Silvio Almeida. Um pedido de socorro das mulheres indígenas do Povo Kaiowá e Guarani/MS, localizadas no centro oeste do Brasil, umas das regiões mais perigosa para mulheres indígenas viver no país.
Kuñangue Aty Guasu encaminha carta aberta ao secretário de saúde Indígena Weibe Tapeba

A Kuñangue Aty Guasu, a maior assembleia das mulheres Kaiowá e Guarani do estado de Mato Grosso Do Sul lança carta aberta à Ministra da Saúde Nísia Trindade, ao secretário geral da SESAI Weibe Tapeba e ao DSEI/MS. Considerando que somos a maior população indigena do estado, somados em 70%, viemos solicitar a importância da paridade de gêneros Kaiowá e Guarani nas gestões da saúde indígena, temos mulheres profissionais para atuar em territórios indígenas e nas gestões de polo base e DSEI, porém, os cargos que são oferecidos são sempre os de secretaria, terceirizados, etc.
E também aqui deixamos bem esclarecido que o maior DSEI do país seja comandado por um representante com capacidade profissional de nosso povo, o povo Kaiowa e Guarani, o maior do estado. Desejamos ser consultadas sobre todas as decisões respeitando e validando a Consulta Prévia garantida na Convenção 169 sobre Povos Indígenas e Tribais, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que é lei no Brasil desde 2004 ( Decreto Presidencial nº 5051 ).
Att, Kuñangue Aty Guasu, Grande Assembleia Das Mulheres Kaiowá e Guarani/MS
Acessem o documento aqui
relatório final da x assembleia da kuñangue aty guasu


carta aberta da Kuñangue Aty Guasu para o presidente eleito luiz inácio lula da silva

Nós mulheres Kaiowá e Guarani reunidas na X Assembleia da Kuñangue Aty Guasu no território de Nhanderu Marangatu Cedro, município de Antonio Joao/MS, viemos por meio desta encaminhar a nossa voz traduzida neste documento para o presidente eleito Luiz Inacio Lula Da Silva e sua equipe.
Corpos silenciados, vozes presentes: A violência no olhar das mulheres kaiowá e guarani: módulo iii

Durante a X Assembleia da Kuñangue Aty Guasu no território de Nhanderu Marangatu Cedro, município de Antonio Joao/MS, a Kuñangue Aty Guasu realizou o lançamento do III Módulo do relatório "Corpos Silenciados, Vozes presentes: a violencia no olhar das mulheres kaiowá e guarani".





Como resposta às tantas perseguições, demonizações e violências contra rezadeiras, viemos aqui buscar o seu apoio, nos ajude a denunciar! 17 casas de reza foram incendiadas, e a maioria dos atos de intolerância religiosa cometidas contra as Nhandesys e contra os espaços tradicionais, vem de discursos de ódio das igrejas pentecostais. Deus é amor.
A pergunta é: você acredita que a vida das mulheres Kaiowá e Guarani importam? Se sim, este é o mundo que vivemos no momento? Se não, o que faremos para preencher essa lacuna?
Venha conosco! A Kuñangue Aty Guasu segue construindo materiais com dados de violências cometidas contra as Mulheres Kaiowá e Guarani, acesse nossos relatórios! Leia o novo relatório da Intolerância religiosa, racismo religioso e casa de rezas incendiadas em comunidades Kaiowá e Guarani
24 de janeiro de 2022, às 18h do Mato Grosso do Sul (19h de Brasília), a Kuñangue Aty Guasu vai realizar o lançamento do Observatório da Kuñangue Aty Guasu - O.K.A -, a rede jurídica, antropológica, de acolhimento e cuidado psicossocial, assistência social, ecologias ancestrais, meio ambiente, comunicação e arte e, finalmente, movimentos sociais, organizações populares, coletivos e educação popular.
Se conectem conosco! Junte-se a O.K.A e a Kuñangue Aty Guasu na luta pela vida!
Atyma porã, obrigadx
O que é a O.K.A?
É uma rede jurídica, antropológica, de acolhimento e cuidado psicossocial, assistência social, ecologias ancestrais, meio ambiente, comunicação e arte e, finalmente, movimentos sociais, organizações populares, coletivos e educação popular, para atendimento às mulheres Kaiowa e Guarani vítimas de violência.
Leia a carta aberta da Kuñangue Aty Guasu sobre os constantes ataques e violências sofridas em território Guarani e Kaiowá.

Quem é a Kuñangue Aty Guasu?
Kuñangue Aty Guasu é a Grande Assembleia das Mulheres Kaiowá e Guarani, organizadas no Cone Sul de Mato Grosso Do Sul. Teve seu início em 2006 quando as mulheres indígenas decidiram em coletivo que seriam porta-vozes de sua caminhada, essa decisão histórica iniciou-se no território sagrado Nãnderu Marangatu, Município de Antônio João-MS. Outras edições foram realizadas em 2012, 2013, 2014, 2017, 2018, 2019 e 2020.
As mulheres Guarani e Kaiowá em assembleias debatem pautas que vão além da questão territorial, pautas que fazem parte do cotidiano delas como: demarcação das terras tradicionais, promoção da cidadania, direitos sociais, segurança pública e participação social. Pautas específicas como: violência doméstica, violência do estado contra os Guarani e Kaiowá, violência nos acampamentos por conta dos ataques dos pistoleiros a comunidade, alimentação/roça, soberania alimentar e o consumo de alimentos sem agrotóxico e os impactos da monocultura ao entorno das aldeias Guarani e Kaiowá, racismo, preconceito, intolerância religiosa, direito das crianças e adolescentes, direito das anciãs e anciões, meio ambiente, clima e a agenda de luta/mobilização Guarani Kaiowá.
É uma assembleia organizada por mulheres, onde representantes de várias comunidades têm voz, espaço, participação e decisão. Estão presentes na Assembléia Nhandesys (Anciãs-Jary) e Nhanderus (Anciãos-Ñamõi), jovens, rezadores, crianças, movimentos sociais, ativistas, imprensa internacional e nacional, Universidades, pesquisadores e apoiadores. A presença de autoridades regionais, estaduais e federais, interligadas às questões indígenas, bem como das organizações indigenistas, também se faz presente na plenária, recebendo as demandas da Kuñangue Aty Guasu.
O público da Plenária varia entre 400 e 600 pessoas, um espaço de protagonismo e discussão de temas de alta relevância para as comunidades indígenas. A Kuñague Aty Guasu é o único espaço, onde se reúnem mulheres Kaiowa e Guarani, representantes de todos os Tekohás para diálogo e discussão dos direitos e demandas das mulheres.
